POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Como era bom ter asas e voar…
Voar por entre as nuvens
Rasgar os céus, ser livre…
Ir ao encontro do infinito
Ver as estrelas, os cometas
Observar a Lua, Marte, Júpiter, Plutão…
Levar-te comigo, sobre as asas
E acamparmos, junto ao Sol
Depois…
Voaríamos de regresso, rente ao Mar…
Pousaríamos na areia, para ali ficarmos
Deitados, abraçados…
Com nossos corpos, rolando sucessivamente
Até finalmente, adormecermos
Cansados, saciados, felizes…
Como era bom ter asas e voar…
Voar para junto de ti...
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Janela da minha alma,
portão do meu corpo,
abraço do teu cheiro.
Alcanço-te com o olhar
busco-te com um sopro
daquilo que só nos sentimos.
Porque te respiro sufocadamente,
e se não te tenho,
perco o mundo.
Fico cego,
fico mudo,
surdo,
imóvel.
A minha realidade vivida
Quer-te a cada instante
e quando te quero,
não grito.
Fecho os olhos.
Porque a mim não me basta olhar.
Quero ver.
E vejo-te a ti,
vejo o teu corpo
a tua necessidade,
a minha de ti.
E olho-te,
tão intensamente
que te gravo no meu ser.
E sempre que abrir a janela de mim
tu serás a paisagem.
O ar que me permito respirar
a fonte de onde bebo
a melodia que preciso ouvir
a música que quero dançar.
Fundir-mo-nos os dois,
num só ser saciado.
Consigo ver-te,
por tanto te querer.
E se não vieres hoje,
eu espero.
Porque amanhã quando acordar,
vou abrir a minha janela,
e vou ver-te.
Esta doce obsessão
Insiste e persiste
e eu alimento-me dela, sempre.
Porque gosto
porque te quero.
Far-me-ás feliz,
basta respirares.
E isso mantém-me vivo:
mato a sede de ti, olhando-te
Sacio a fome que tenho vendo-te
apago a saudade observando-te,
Tudo porque os olhos são a janela do meu corpo.
E são eles que me ligam a ti.
Por eles mato,
porque sem eles não te vejo
e morro.
Os meus olhos são a minha janela
para o meu mundo
Tu apenas...
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Noutra dimensão
Vagueio…
Disperso de mim
Procurando razão, motivo,
Para existir
Pergunto
Quem sou, o que faço,
Para onde vou…?
Não sei? Respondo
Divagando envolto em dúvidas,
E contradições
Neste complexo xadrez
Da nossa existência
Impossível, de explicar…
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Avanço lentamente,
Pela margem do tempo,
Que não pára,
E que dói...
Sempre que passa
Vagueio nele,
Sem rumo...
Ou destino
Espero na esquina,
Que ele volte,
E me encontre
Talvêz!
Perdido por aí...
Na esquina do tempo
Esperando...
Que o tempo...
Não passe por mim,
E me leve...
Para o infinito...
Intemporal
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Estas lágrimas que trago nos meus olhos
Já estão comigo há tanto tempo
Que já fazem parte do meu rosto
Nos traços que deixam ao caírem pesadas
Nas cicatrizes que rasgam no meu outrora sorriso
No sabor a sal que me toca nos lábios
Em vez do sabor doce dos teus beijos
Em vez do teu riso
Reflectido no meu
Tenho a cor do desterro no olhar
Tenho a amargura dos homens perdida na expressão
Cinzas, flores velhas e pó
Estas lágrimas que trago nos meus olhos
Já fazem parte de mim...
Tenho saudades tuas...
BBB
(Só para ti)
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